quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

DEGUSTE UM TRECHO!


          "Ao entardecer do dia doze de outubro de 1307, Jacques de Molay encontrava-se no funeral da cunhada de Felipe IV e foi um dos que ajudou a carregar o caixão de Catarina de Courtenay até a igreja. A tragédia havia comovido a corte e todos estavam bastante consternados pelo desfecho repentino daquela infelicidade palaciana. O próprio papa, Clemente V, fizera questão de vir pessoalmente para encomendar a Deus a alma de tão boa católica e improvisara um sermão patético na catedral de Paris, afirmando que sentia perfumes de santidade exalar do cadáver de Catarina...
          Durante toda a noite, a morta seria velada por seus amigos e familiares na igreja, pois o sepultamento fora marcado para a tarde do dia seguinte. Já havia escurecido, quando Jacques de Molay abraçou Carlos de Valois, o marido inconsolável, o qual estava prostrado com a tragédia. Tão logo disse algumas palavras de conforto, o grão-mestre do Templo resolveu levar seus pêsames, em nome de toda a Ordem, ao rei da França. Como não o achou na nave principal, pôs-se a procurá-lo pelas diversas saletas e oratórios existentes em Notre-Dame. Por algum tempo, vasculhou a igreja inteira em busca do rei francês, que parecia ter evaporado misteriosamente. Enfim, Jacques de Molay ouviu a voz de Felipe IV vindo de uma das salas laterais da catedral. Ele conversava com Guilherme de Nogaret, um de seus execráveis ministros, dando a impressão de que os dois haviam se refugiado naquele recinto solitário para poderem conspirar mais à vontade. Ao ouvir o seu nome sendo pronunciado, o grão-mestre escondeu-se atrás de uma coluna para escutar o que tramavam. O rei permanecia sentado em um banco de madeira, enquanto seu ministro mantinha-se de pé, esfregando os dedos.
          - Está decidido, disse Nogaret. Não podemos perder mais tempo!
          - Não vejo a hora de botar minhas mãos no tesouro dos templários - replicou o rei com um brilho lascivo nos olhos.
          - Amanhã, logo cedo, mandarei a guarda real invadir o Templo de Paris e confiscar os bens da Ordem! Pode ter certeza, meu amigo, eles pagarão caro por seus crimes!
          - Além disso, exijo a prisão de todos! Quero o fim dessa confraria maldita, que tanto mal tem causado à França.
          Ao ouvir aquelas palavras, Jacques de Molay sentiu uma dor profunda e um desespero extremo. No mesmo instante, procurou alguns templários que se encontravam montados em seus cavalos na entrada da igreja.
          - Voltem já ao Templo e digam para Gilles de Sens levar o tesouro da Ordem, os livros e todos os documentos ao porto de La Rochelle, onde se acham atracadas diversas embarcações. Esse rei iníquo decidiu apoderar-se de tudo, prender os templários e destruir a nossa irmandade. Chegando lá, mandem avisar os cavaleiros da Europa inteira para que procedam da mesma forma. Os navios precisam partir de La Rochelle com urgência! Matem de fadiga quantos cavalos forem necessários, mas esta notícia tem de chegar a todas as fortalezas o mais rápido possível. Assim que puder, estarei de volta para dizer onde as embarcações devem atracar. Agora vão! Que Deus tenha piedade de nós!"


Diversos navios templários permaneciam atracados no porto de La Rochelle. Quando foi decretada a prisão dos cavaleiros, estes navios desapareceram misteriosamente, levando toda a imensa fortuna da Ordem.


666 – The Devil Stalkers (novel)
For many centuries, the greatest secret of all times was kept under lock and seven keys by the cupola of the Roman Catholic Church. It was such a terrible secret that it could jeopardize mankind itself. Now the Dice of Fate were cast and the Powers of Darkness are blowing the Seeds of Evil everywhere. There is but a man who is able to stop the end of the times. Discover yourself not only this but also the password to other mysteries in the extraordinary novel written by Tim Marvim.

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